sábado, 18 de outubro de 2008

Monólogo


me pego
quadrando coisas
despejando jatos
entre emblemas
dos ensaios
viscerais

me cego
quebrando louças
driblando cacos
entre cenas
dos desmaios
invernais

punhado voraz
alicia palmas
entortando obstáculos
na absorção
do impacto
sem calma

tablado vivaz
tripudia vaias
esboçando vernáculos
na concepção
do espetáculo
na alma

(Cris de Souza)

10 comentários:

Tatá R. da S. disse...

Ótimo ritmo...=]
Poema forte e intenso, adorei! ^^

Sonia Parmigiano disse...

Cris,

Ao ler, realmente se tem a impressão de um monólogo, com a nossa alma..voce tem o poder de dar vida a todas as palavras!
Amei!
Reggina Moon

Marisa Vieira disse...

Joga essa arte no palco logo moça! Muito bom!

beijo

Mariah Lacerda disse...

Amadorei!
Profundo e envolvente, minha alma captou as sutilezas viscerais.
Beijos!

Unknown disse...

Muito bom, Cris!!
Parabéns!!

Unknown disse...

Bebendo teus poemas quebram-se as minhas palavras.E sou o mar no silêncio de tua poesia.

Unknown disse...

Seus poemas são viscerais,encantam pela plasticidade,pulsação e ritmo.

Cesar Maia disse...

És tantas que quem monologa com quem?

L(Max) disse...

Muito bom Cris....
Afagos Poéticos!
L'(Max)

doka disse...

De lúcida querida Cris, vc não tem nada, és um demônio vestido de gente, no bom sentido da palavra.
Quebre tudo que quiser e te sentirás como um cordeirinho amansado pela vida dura e vorás. Isto faz muito bem. Mas não só no imaginário, se me entendes, desafies bruxas e fantasmas.
MUITO FORTE E REAL ESTA POESIA.
VC ESTÁ DE PARABÉNS.
BEIJO