quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cálido


Acende-me uma
chama quando te penso
Fogo que queima
em pecados permitidos
Lança-me a lembrança
do teu corpo quente
Línguas que provam
líquidos sabores mornos
Boca sorvendo
o sereno em teus doces lábios
Enquanto gritas
que me amas e me odeias
Puxando-me rente
a ti pelos cabelos insanos
Respiro-te em arrítmicas
percussões arfadas
Dizendo-te bobagens
ao pé do ouvido em brasa
Juras de amor empastadas
em suor escorrendo
Sussuros provocantes
em gotas acesas de veneno
A luz difusa reflete o desejo
que em nós queima
Envolvo-me pelos lençóis
de tua pele acalorada
Abandono-me ao êxtase
comungando o profano
Conquistando cada ondulação
do teu corpo
O tempo para enquanto
desfolho-te em gosto
Despetalando tuas secretas
vontades ardis
Derramadas qual néctar
de ferventes larvas.


(Cris Poesia & Alexandre Simas)

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