quinta-feira, 5 de junho de 2008

Em fluxo


Sou feita de cores e tons
Tantas, em cantantes sons
De verso e rima rodopiante
Ode à minha poesia cintilante
Que flui soberana como a gargalhada
Dum pirilampo em noite badalada
Na fertilidade do meu universo
Deslocam-se desfrutes, ao inverso
Dentro da odisséia, em que me lanço
Entre intuitivos pousos e pausas, eu danço
No lume de minhas faces violáveis
Os meus vastos porquês são tragáveis
Mente implacável, que idéias espertas
Viagens insólitas fluem libertas
E atestam-me na labareda da proeza
Insana, que voa ao léu da natureza
Sobre o arco-íris de telescópica sentença
Articulo com as estrelas, de nascença
Instintiva ao me aconselhar com a lua
Feito uma nuvem efêmera, que flutua
Em minha telúrica alma, intuitiva e errante
Arroubo, sem eira, nem beira, esvoaçante
Às avessas, num fluído proveitoso
Me esqueço no céu licoroso
Voando sem consenso
Assim, me recompenso!

(Cris Poesia)

Nenhum comentário: