terça-feira, 17 de junho de 2008

Entorpecente


Cobre-me aéreo,
Dom das delícias
Despe-me do sério,
Tom das malícias
Tal vinho
Que deságua...
Qual marinho
Que embriaga...
Confesso
Que pra ele,
Meu não é um sim
Confesso
Que o sim dele,
Derrama por dentro
De mim

(Cris de Souza)

*

2 comentários:

Cesar Maia disse...

Quando um não é o mais amoroso sim,nada mais é como era.
Se todos os entorpecentes fossem como esse que sua alma oferece...

Ulisses José Da Silva disse...

Que esmero de palavras, que delicia de leitura, voce me surpreendeu, maravilhosa, mil beijos !!!!