sábado, 7 de junho de 2008

Violação


Viola canta
Do jeito
Que o amor
Suplanta

Viola chora
Do jeito
Que o ardor
Vigora

Canta, emoção em dó
Deduz na entoada
Do violeiro no sertão

Chora, coração dá nó
Reluz de madrugada
No nevoeiro do lampião

Serão...
No acorde
Da intensidade
Lágrima desabrocha
Lembrança em seu peito
Repete feito refrão

Canção...
No sacode
É a saudade
De sua cabrocha
Que avança em seu feito
E lhe faz arrastão

(Cris de Souza)

Um comentário:

Simplesmente eu! Renata... disse...

Que lindo Cris!!!!!!!!!!!!!
Um bom jeito de começar meu dia,
lendo um poema tão belo!
bjos