sábado, 9 de agosto de 2008

Desabafo



Encara. Não dá bobeira.
Na balbúrdia, dispõe-se
a trespassar arames do
tapume que teus ais farejam.
Liberta. Não dá bobeira.
Das conjunturas que
te corrompe, suspende
enferrujada poeira e limpa toda
mácula no temporal da arruaça.
Se banha e se refaça.
Ousa. Não dá bobeira.
Mais que tolo esse pranto
que medra quando tino escurece,
pela atmosfera enrubesce,
na indescência
da veia que absorve.
Recusa. Não dá bobeira.
Estanca essa mágoa.
Observa o céu, incita e exalta o passo.
Ultrapassa a moita, arranca esse laço.
Reaja. Não dá bobeira.
Desvia do aterro,
Antes que a ponte caia ou
não haja mais tempo para
tu por ela passar.

(Cris de Souza)

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