dentro de mim há uma estranha
abafa maquiagem, passa batom
afaga na areia, intruja no asfalto
salta muro, tem medo do escuro
dentro de mim há uma estranha
disfarça silêncio, abraça som
divaga descalça, usa salto alto
esmalta apuro, tem porto seguro
insegura, tão pueril...
faz pirraça, dá cambalhota
limpa poeira, reluz gargalhada
e riso vaza
loucura, tão vil...
desfaz vidraça, tropeça na rota
fala besteira, seduz bordoada
e chora em casa
(Cris de Souza)
Um comentário:
És essa misteriosa e fascinante outra que és.
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