sábado, 7 de junho de 2008

Frenesi


Ela simulava não se convir com nada, e nada, não lhe bastava.Em seu coração alardeado, íntima efervecência ralava-lhe o peito.Seus saltos já estavam gastos, e seu rebolado desatinado.Divagava pela avenida perdida, investigando um sopro de ar.Seguia indistinta, desritmada, cabelos voejavam ao léu.Passos rente ao imenso atropelo de sua atmosfera,Capturada por conjecturas libertas. No seu espaço havia um vão, Que afligia preenchimento, um frenesi de vida. Abarrotada De pensamentos adversos e abastada de incautas vontades.Seus olhos denunciavam desvairada exaltação, e na sua face,Pairava um sorriso custoso, perante suas veias sequiosas.Era noite, e toda noite, era noite qualquer para almejar...Tencionava mais que ser amada, ela queria se libertar.

(Cris de Souza)

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