sábado, 7 de junho de 2008

O arqueiro


Sua raça borbulhava.Seu olhar era de combate e seu coração de selva. Ao rebordo do rio, entre rochas umedecidas, Breve ponderou seu contorno refletido nas águas límpidas,Naquela aurora arbórea.Arrojado, desatava trilha pelo matagal, com similar intimidade deUm pássaro, que voa sublime pela atmosfera.Sobre teu couro áureo, espelhava-se clarões solares, Que cadenciavam sua espessura torneada e humanamente selvagem.Nas costas, compunha-lhe um arco altivo, e na mão, uma flecha bravia,Que enaltecia ares de um caboclo combativo.Ele não receava tempestades e nem se aprazia de calmaria.Guerreava pelos seus anelos, e combatia-os perante à Sua natureza enraizadamente contrastante.Empenhava-se na sua copiosa caçada, auferir sua caça.Sua heróica guerra era-lhe muito íntima, latejava nas vísceras.Ele era presa do amor.

(Cris de Souza)

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