sábado, 7 de junho de 2008

Ilimitada



Esculpi
Minhas paredes
De fagulha dardejante
Realcei aquarela
No alento de cores

Encardi
Minhas redes
De marulha errante
Alcei sentinela
No acento de dores

Nos tablados
Rabisquei leve piso
Aloucado de recantos
Alumiei principado
Incidi alívios

Nos tornados
Borrei breve aviso
Bronzeado de prantos
Anuviei povoado
Infringi pavios

Aliançada
Projetei meu esboço
Dele apaguei o inatingível
Amotinada
Fulgurei meu colosso
Nele sublinhei o indefinível

(Cris de Souza)

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