Esculpi
Minhas paredes
De fagulha dardejante
Realcei aquarela
No alento de cores
Encardi
Minhas redes
De marulha errante
Alcei sentinela
No acento de dores
Nos tablados
Rabisquei leve piso
Aloucado de recantos
Alumiei principado
Incidi alívios
Nos tornados
Borrei breve aviso
Bronzeado de prantos
Anuviei povoado
Infringi pavios
Aliançada
Projetei meu esboço
Dele apaguei o inatingível
Amotinada
Fulgurei meu colosso
Nele sublinhei o indefinível
(Cris de Souza)
(Cris de Souza)
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