segunda-feira, 23 de junho de 2008

Manto


Meu poeta descansa
Em expectativa...
Sabe que ele virá,
Lhe sente o cheiro
Cortinas entreabertas
E uma luz branda,
Percepção que acalma
Meu versos debruçam no leito
Dos eleitos, dos feitos, entre ais
Viscerais, entre risos desiguais,
Eu cedo. Cedo porque te amo,
Porque seu corpo me retém,
Detém, vai além dos afluentes
Deste rio que sou eu
Cedo pacificamente ao teu cheiro,
Tuas mãos, que me gastam de gozo,
Que me veste de estrelas,
Que navega meus mistérios
Macias e tão indecentes...
Íntimas e tão freqüentes...
Adormeço lua, acordo sol.


(Cris de Souza & Mara Araujo)

Um comentário:

Cáh Morandi disse...

Ah, e que talento hein?

Amo-te e aplaudo-te!