sábado, 7 de junho de 2008
Novena mundana - O fim
VII
E pelas profundezas dos ares, a maré energizará pérolas e ossos, elevações e destroços telúricos, que emergem por entre o breu d’algas límpidas.Pescar-se-ão do convexo ao côncavo devaneio, que ondas obstinam-se em velar aos céus, revelando ao leú cristalina espuma,embasada e única, pelo amplexo de conchas cobiçadas.
VIII
Tudo sempre foi assim sem nunca ter sido. O universo é. Nós somos. A poesia explode em quem ficou.Incandescem as palavras diáfanas,fundindo tempos siderais, sob o rufar encarnado pelo vendaval sibilar da ousadia vulcânica.
IX
Neste rufar vem todo vento, indo e vindo, escapando e esculpindo o agoraque adolesce na varanda, enquanto espero calado tudo aquilo que ainda será.Cacos oscilam cristais, que despertam deslumbrantes na janela, sob o urgir que grita sobre as sobras do que já se foi.
(Cris de Souza & Dionísio OnO)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário