Permito-me sentimento lírico e descomedido
Que me liberta e me prende a você
Permíto-me no teu frescor sentir cheiro de orvalho
Das manhãs acaloradas que viveremos
Permíto-me caminharmos descalços no alvorecer
Remetendo sonhos de nossas tardes douradas
Permíto-me entrelaçados rolarmos na relva
Misturando-nos as cores da manhã
Permíto-me deitarmos ardentes num horizonte infinito
Sob o canto encantado dos pássaros
Permíto-me acolher-me entre rosas nos teus braços
Perfumando nosso jardim ao som dos colibris
Permíto-me banhar-me contigo numa chuva de pétalas
Que se misturam ao suor de nossos poros
Só não permito que me negues o direito
De vivenciarmos este amor que pressinto...
[Cris Poesia & Alexandre Simas]
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