sexta-feira, 6 de junho de 2008

Redenção


Gosto dos teus cabelos
Desgrenhados, aliciando
Rente ao faro de teu corpo,
E do modo como me olhas,
Eriçando de um salto, os meus
Desse teu jeito abstrato,
Que me profere à flor-do-ouvido,
E à minha margem, faz-me vertigem.
Gosto quando intenta minha tez,
E fere magistral meus sentidos.
Quando periga minha clareza
E faz-me vítima do teu aroma,
Suspenso,que flui-se ao meu,
Derramando-se licoroso no ar.
Gosto quando em teus abraços,
Impetuoso induz-me ao deleite,
Saltando-me as veias, em arrojo,
Apontando-me às entranhas.
Quando precipita-me
Em teus recantos,
Elevando-te às profundezas,
Mais encobertas do meu ser
Que confessam-no,
A fazer-me refém,
Do mais saliente desejo
Ameaçam-me cativa à tua alma


Bandido!Eu me rendo...


(Cris de Souza)

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