quinta-feira, 5 de junho de 2008

Voz permanente


Vem com silêncio paliar
Vem com as folhas de cobre
Vem com a chuva arejar
Vem com o vento que move
E não me digas nada...

Vem com teu olhar de entrega
Vem com teus lábios marfim
Vem com teu cheiro de selva
Vem com tua boca carmim
E não me digas nada...

Vem com teu corpo suado
Vem com tuas mãos que ardes
Vem com teu gosto de mato
Vem com teu jeito que invades
E não me digas nada...

Viestes num silencioso crepúsculo
Voltastes na aurora, sem falas
E tua voz, em mim permaneces


(Cris Poesia)

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