segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Às tontas



pra revelar
o que está
tão dentro
o que me move
o que me atento

me sinto perto
me sinto viva
me sinto vento

pra disfarçar
o que está
tão fora
o que me encolhe
o que me devora

me sinto lenta
me sinto longe
me sinto morta

(Cris de Souza)

11 comentários:

Gasal veliz disse...

"pra disfarçar
o que está
tão fora
o que me encolhe
o que me devora

me sinto lenta
me sinto longe
me sinto morta"

haha li com todo o entusiasmo contido nas primeirs, mas esses versos movediços me seguraram com uma força tremenda

muito pesado, muito forte

fui arrebatado de verdade, com toda a força dessas palavras

cris, muito foda!

Anônimo disse...

impressionante.

Machado de Carlos disse...

Como sempre gosto muito de escrever com cadência, com algumas regras, mas acho que isso não é algo que deva ser autoritário. De vez em quando saio de mim e escrevo algo do momento fugindo as regras dos antigos escritores. Afinal sou apenas um escrevedor longe dos grandes mestres.

malu disse...

Impressionante... forte... arrasador este poema!!
Parabéns sempre. Bjos

Unknown disse...

Adoro a forma como você casa as estrofes. Seus poemas são cíclicos como o nosso pensar.

*Sabe Deus quem eu pensei para dizer 'nosso'...

Pedro Aruvai disse...

linda mesmo!!!

Beco70 disse...

às tontas vivem as baratas, pelo menos dizia a minha avó...
no seu caso é canto pronto
certeiro
ou já não andas como pensei

não fica tonta menina
olha o alvo e siga
adiante é que se põe
tonturas apenas etilicas

mas gostei, como sempre!

Tatá R. da S. disse...

O fim ficou com um ritmo mais dinâmico, perfeito pra menssagem mais forte.

Não sei como se sente tão morta com uma inspiração tão linda.

Anônimo disse...

Belissimo, minha Ingá.
Estremeci quando lí.
Beijos carinhosos

Cesinha disse...

Certas poetisas enxergam no escuro e de lá absorvem a sabedoria que não está ao alcance das pessoas da sala de jantar.

Regina disse...

Nossa... Isso me traduz!

Perfeita e fulminate.

Beijo!