quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Catarse

(vê se entende)

De que valem as sílabas
Se quando calo
Tu não escutas?

De que valem as vírgulas
Se quando falo
Tu não reputas?

Os pretextos se deturparam
Entre os espaços derrapantes
Todo enfrentamento se desfoca
Não mais suporta o prosaico

Os textos se deformaram
Entre os pedaços dissonantes
Todo entendimento se desloca
Não mais importa o mosaico

(Cris de Souza)

17 comentários:

Monique Rosa Brasil disse...

mauvais... Não leva em consideração uma só virgula.:(

Hellen Toledo disse...

Olá, adorei seu blog, em especial esse poema. Parabéns! você tem um dom e tanto.
;D

malu disse...

Que loucura!!! Muuuuuuuito lindo!!Consegues trabalhar a essência... o minúsculo gesto...a profundidade quase imperceptível!!!
Poema tocante...transpassa a gente e atinge o mais íntimo de nossos pensamentos pessoais...
Parabéns minha poetisa!! Voce é 1000.
Bjos
Maria Lucia

flaviopettinichiarte disse...

e de que va lem ???Nunca me escutou na explosão do silêncio...agora os corpos jazem esparsos na agonia das palavras mudas....de que va lem???

Machado de Carlos disse...

Palavra

Ei-la, com o sorriso divinal!
Ilumina os passos deste andante,
as forças se renovam... (- Sou gigante!),
morro no seu compasso musical.

Já tenho a energia ímpar dum floral,
dela faço um conteúdo marcante,
o momento fica mais cintilante!
Ouço, - no espaço – os sons do madrigal!...

Como é bela a alma do trovador,
supera a tela do computador
e retrata a vida com seu pincel!

O coração não é mais triste na seara,
no ABC simples, a beleza fica rara...
... e a cor se mistura na orla do papel!...

Ribeirão Preto, 21 de setembro de 2004.
16h00 min.

Machado de Carlos

Anônimo disse...

Delicia de poema,só vc seria capaz de escve-lo, marvada, pq brinca com mestria com as palavras.
Beijos

Nádia disse...

Sacana, isso...

Toda criatura que sangra por amor, nunca é completamente entendida... ficamos ao contrário do sensato.

Mesmo assim, me fascinam os tais espaços derrapantes e entendimentos deslocados... melhor que qualquer endereço correto.


Lindo, como sempre !!

Lili disse...

Loucura total de sentimentos, palavras ditas e não compreendidas...palavras ditas através do olhar.....linda Cris!!!!! Bjs

Ulisses Reis ® disse...

Acho dificil quando não somos compreendidos, quando nem virgula nem ponto diz algo, e sabemos que dizemos muito, beijos !!!

Julia Pastore disse...

bom demais.
teu poema me calou agora, e achei importante dizer.
bom demais.

Dhebora Hevelin disse...

Lindo, lindo!
Tem uma melodia, um jogo de palavras, de combinações...

Amei tudo por aqui.
Beijos ♥

Unknown disse...

E como entendo...
Teus poemas mexem muito comigo.
Tu é phoda!!!

Machado de Carlos disse...

Musa

Eu queria tanto, tanto, e voei tanto!...
Uma cigana viu no seu cristal...
Ela não teve a idéia do quanto
Sua luz acalmou este vendaval!...

Há felicidade por enquanto;
Vivemos num espaço desigual!
Sei que sofrerei, mas, no entanto,
Achei minha amada; - Ela é Imortal!...

O tempo e o espaço fogem à vontade;
Choro; - Há uma agonia nesta saudade!
- Oh! Lábios de mel: - Como te amo!...

Supero o juízo, fujo à razão;
Levito!... Sinto só o coração!
- Ó meu Céu!... Ó meu Mar!... Como te amo!...

Machado de Carlos

Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2008
Código do texto: T1128166

Fred Matos disse...

"Todo entendimento se desloca"

E assim se faz poesia.
Beijos

Paulo Vitor Cruz, ele mesmo disse...

Hola, chica.. demorei mas vim até aqui ver a ti e a teus versos...

"catarse" me soou um soneto de cabeça p baixo... (pelo número de versos em cada estrofe...)... acabou q li o poema a partir do último verso, fui subindo e n é q ele fez sentido tbm?... muchas risas...

*loucura minha?

besitos.

Mateus Araujo disse...

quem é que não escuta dessas palavras?
Tolo.

bejim Cris ^^

Aparece lá também \o/

Unknown disse...

A arte da poesia não se aprende na escola. Suas lições recebemos bem antes do nascer da aurora e depois do sonho, lá onde morre o sol.