asas fadadas e farpadas extinguem o voo; é assim que as rotas da açucena se tornam amaldiçoadas, restando aos ícaros da pós-modernidade o salto no escuro, adivinhando se o líquido que lhes engolirá os braços desnudos seja água ou sangue... não tenho a certeza de nada, mas suspeitas... tantas... belíssima esta elegia; para ser cantada, bailada, afagada, abraçada... mesmo que por corpos sem asas...
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...
Embora eu não entenda nada de poemas concretos, uma palavra deve levar à outra, que leva à outra; enfim que as palavras se aprofundam na mente do autor. Entretanto, segundo o linguajar português a elegia nada mais é do que um poema lírico, em geral triste. De qualquer forma, vale à pena entrar em plena concentração, e tentar enxergar o artista dentro da sua obra. Em suma, geralmente os artistas são assim mesmo, confundem-nos. Este é o papel da Arte. E por falar em Portinari, ele era meu vizinho, e já visitei muitas vezes sua casa em Brodowski-SP, (http://www.brodowski.sp.gov.br/) lá mesmo onde o Sr. Milton Nascimento esteve, por ocasião do Aniversário de Ribeirão Preto-SP.
Depois de todo este blá, blá, blá!... Convido-a, verificar meus singelos sonetos, também líricos!
bom Minha Filha !! Eu acho que usei muita droga na minha vida e chegou a hora de rever meus Neurônios, se eu te digo que entendi algo , seria mentira, se te digo que senti seria verdade, mas como sou artista te direi que voei!!! Bravo !! você sabe utilizar as palavras como uma mulher sabe utilizar o ultimo pigmento do Batom, Com maestria!! O Resto??
Barco sem timão, Relógio sem pêndulo Balanço e solavanco Desgovernado riso Pecado de nuvens Ausência de sombras Rio sem nome Espuma na areia Canto da noite Mãos de etéreo tato Lua e lume Rua do beijo Trégua na guerra Espasmo do pranto Gargalhada e soluço
Limo na pedra Suor do desejo Portal do mistério Palavra certeira Caricia da espera Saturnal lágrima Poesia escondida Corpo presente Ausente agonia Assim teu amor O resto não quero.
37 comentários:
asas fadadas e farpadas extinguem o voo; é assim que as rotas da açucena se tornam amaldiçoadas, restando aos ícaros da pós-modernidade o salto no escuro, adivinhando se o líquido que lhes engolirá os braços desnudos seja água ou sangue... não tenho a certeza de nada, mas suspeitas... tantas...
belíssima esta elegia; para ser cantada, bailada, afagada, abraçada... mesmo que por corpos sem asas...
e os pássaros
em queda fadada
encorparam o drama
da humana trama
Beijo :)
O que.dar dos pássaros se te és.pan.talhos :)
Linda elegia, Cris, com um final fortíssimo. Ficou ecoando dentro de mim as asas fadadas,à trama das quedas
beijos, minha querida!
Fadados às quedas, somos nós, poetas. Mesmo assim, adoramos nos jogar de precipícios.
Mais uma obra-prima sua, cara poetisa!
Beijos.
à trama das quedas, asas se ruflam. pássaros evolam na elegia
beijo
Oi linda ,
belo poema como de costume...É sempre um deleite vir aqui e " te ler ". Bj com carinho,
Úrsula
Linda linda a elegia...
besos, chica, se cuida.
Nesses talhos sem via, nesses galhos sem guia, a vida. Nas asas fadadas à queda, o destino de todos nós.
Belo, como tudo que tenho lido aqui.
Beijo.
E mesmo que fadados às quedas, batemos asas e seguimos adiante...que bonito!!!
Lindo, moça!
Sonhos farpados, voos fadados à queda.
E, assim, seguimos...
beijos
Tentar se segurar, ou simplesmente se largar?
Eis o mistério!
Abraços e parabéns Cris.
Exaltado! Senti arrepios nas plumas, rodopios nas brumas...
Tu és ave rara, das tuas penas vertem as mais ilustres metáforas.
Beijos na asa interna.
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Quintana)
A felicidade é sentir que podemos abraçar a poesia dos amigos, e sentir-se parte dela.
Cris, tá lindo esse poema.
BeijooO*
Observando as asas
(dos pássaros e as tuas)
cabem o sonho e o eterno
mergulho ao abismo.
Beijo carinhoso.
e os pássaros permanecem ali encantadores mesmo na ausência de voar.
bjs!
Oi Cris, lindo verso! amo a idéia dos pássaros... amo voar! bjs
Lindo, Cris.
Gostei dos seus pássaros sofridos.
Beijo.
Maravilindo!
Tenho que inventar adjetivos novos pra suas poesias, mamis.
Só sei que quando se voa, não se quer mais pousar.
=*
Lendo-te...minha imaginação, como os passaros, criam asas!
bjosssss
Embora eu não entenda nada de poemas concretos, uma palavra deve levar à outra, que leva à outra; enfim que as palavras se aprofundam na mente do autor. Entretanto, segundo o linguajar português a elegia nada mais é do que um poema lírico, em geral triste. De qualquer forma, vale à pena entrar em plena concentração, e tentar enxergar o artista dentro da sua obra. Em suma, geralmente os artistas são assim mesmo, confundem-nos. Este é o papel da Arte.
E por falar em Portinari, ele era meu vizinho, e já visitei muitas vezes sua casa em Brodowski-SP, (http://www.brodowski.sp.gov.br/) lá mesmo onde o Sr. Milton Nascimento esteve, por ocasião do Aniversário de Ribeirão Preto-SP.
Depois de todo este blá, blá, blá!... Convido-a, verificar meus singelos sonetos, também líricos!
Beijos!... Até lá!
Ainda vale a essência, o instinto poético. Pássaros ainda aspiram ao infinito além das mordaças...
Beijo!
Pássaros e asas coexistem para dar real movimento ao vento.
O resto é queda livre.
Coisa que não sei explicar.
Bjs, poetisa.
Tal como os pássaros que levantam voo para fugirem do que lhes assustam, algumas coisas indesejáveis fazem quando chegas.
Amo(te)ler.
bom Minha Filha !!
Eu acho que usei muita droga na minha vida e chegou a hora de rever meus Neurônios, se eu te digo que entendi algo , seria mentira, se te digo que senti seria verdade, mas como sou artista te direi que voei!!!
Bravo !! você sabe utilizar as palavras como uma mulher sabe utilizar o ultimo pigmento do Batom, Com maestria!!
O Resto??
Barco sem timão,
Relógio sem pêndulo
Balanço e solavanco
Desgovernado riso
Pecado de nuvens
Ausência de sombras
Rio sem nome
Espuma na areia
Canto da noite
Mãos de etéreo tato
Lua e lume
Rua do beijo
Trégua na guerra
Espasmo do pranto
Gargalhada e soluço
Limo na pedra
Suor do desejo
Portal do mistério
Palavra certeira
Caricia da espera
Saturnal lágrima
Poesia escondida
Corpo presente
Ausente agonia
Assim teu amor
O resto
não quero.
Flavio Pettinichi- 31- 08- 10
Mais uma vez... parabéns pássaro da paz!!
Bjos
Maria Lucia
Sonoro e lindo como um ruflar de asas.
Parabéns menina poeta!
Beijinhos
Cid@
↓
Em tempos de...
é lei e leio e elejo o poema da lira.
Êta "trem bom" CRIS!
"Malfadada queda!"
:)
Voltei pra rever a passarada...
Salve, salve!!!
Q coisa linda! Me identifiquei..
Aplausos!
Muito lindo, Cris!
A leveza está nas asas, nos versos, em tudo... Verdadeira pluma!
Abraço, querida!
voltei para voar mais um pouco...!
bom findi!!
Cris,
Isso é o voo da palavra em ziguezague.
Beijo.
Leio este teu poema, como se acariciasse a plumagem macia de um pássaro sedento...
BjO´ss
AL
A permutação está entre o quadro e a tamanha classe de sua escrita que o esclarece com divina maestria.
Magia pura de Cristal.
beijos
Cris,
Eu gosto muito desse seu estilo ritmado de frases construídas com palavras únicas.
Sua poesia dá vontade de dançar.
bj
Rossana
Postar um comentário