terça-feira, 28 de setembro de 2010

Teatro da Vida

(para LARAMARAL)


Primeiro Ato


ensaios
alaranjados

revoam
os passos
esfusos

abertos anseios
em particular
devaneio

plácida
melodia

face
descortinada
da alegria



Derradeiro Ato


ensaios
azulados

ressoam
os passos
escuros

apertos alheios
em peculiar
desenfreio

plástica
melancolia

face
desfigurada
da elegia




Entreato

nas cores
do pacto

palpita
o vernáculo
da vida

nas cores
do palco

periga
o espetáculo
da vida



(Cris de Souza)



25 comentários:

Anônimo disse...

Ah, minha nossa! Que faço agora? Minhas cortinas abriram-se, mas quem brilhou foi vc. Como já disse para uma amiga de blog, vcs, meus poetas e ídolos, não são só espectadores do meu Teatro, são personagens, iluminadores, figurinistas etc., vcs me dão vida. Quantas vezes preciso me sentar em minhas próprias poltronas e ficar em silêncio só para assisti-los?! Meu Teatro é feito por um pedaço de cada um de vcs que me acompanham, me apóiam e me fazem ser uma pessoa melhor. Obrigada, Cris, dos poemas que ganhei, este foi o mais fiel ao meu Teatro, ou a mim, ou ao que represento, ou sei lá... no teatro da vida, ficção e realidade fundem-se.

Beijo, querida!

Domingos Barroso disse...

Duas altíssimas poetisas.

O Teatro pulsa
mais forte agora.

Carinhosos beijos.

Fé Fraga disse...

Lindo poema, inspirador é bom trilhar nesse trem, nessa lira.
Um beijo,
Fé Fraga.
http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Caminho fabuloso desses versos... atos, acções, versos, poesia, vida... lindo demais!

Moisés de Carvalho disse...

que linda homenagem para lara amaral!
destaco o concretismo do terceiro poema. lindo demais !

beijo grande , cris !

Unknown disse...

Tua lira é espetacular!
Depois de tantos anos, ainda consegue me surpreender...

Te aplaudo de pé, meu amor.

Beijos com admiração.

Unknown disse...

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

(Chaplin)

Unknown disse...

puxa o teatro da Larinha ganhou um espetáculo de versos,


beijos

Ianê Mello disse...

Belíssima postagem de Cris e Souza pra uma grande poeta: Lara amaral.
Bela e merecida homenagem.

Bjs às duas.

Cida disse...

Menina, agora você realmente me deixou sem palavras...

Fico então, no silêncio, a admirar seus versos :)

Beijo grande, amiga poeta.

Cid@

Anônimo disse...

A Lara tem um par de laranjas aos bagos nos lábios; sumo de palavras que escorre entre o azul - esta cor de céu na sua boca.

Bela homenagem!

meus instantes e momentos disse...

que bonito tudo aqui.
Maurizio

Valéria lima disse...

Trem que nos leva ao Teatro, Maravilha.

Aplausos!

Lou Vilela disse...

Linda leitura, Cris! A Larinha merece.

Parabéns às duas! :))

Beijos

Zélia Guardiano disse...

Lindeza, Cris!
Como sou fã incondicional das duas grandes poetisas, tenho de dixar aqui, de forma muito enfática, meu "Bravo, Bravo, Parabéns!"
Abraços!!!

Jorge Pimenta disse...

queria muito dizer coisas bonitas, aqui, hoje, mas o cansaço não mo permite. aceitam, homenageante e homenageada, apenas um singelo beijo de admiração?

Úrsula Avner disse...

Oi querida Cris,

lindo poema numa rica e sensível homenagem à Lara... Por coincidência, postei hoje um poema em meu blog também em homenagem á Lara, mas não tão bem elaborado e belo como o seu... Bj com carinho.

Pólen Radioativo disse...

Cris...

Versos perfeitos para anunciar a sintonia entre quem está à frente e quem está em frente ao palco do Teatro!!!

Linda a poesia... Lindas as duas poetisas...

Beijos e cheiros...

Anônimo disse...

Simplesmente fantástico as cores, combinam tanto com voce!
Gostei demais Cris...
Abraços!

Paulo Jorge Dumaresq disse...

Quando a poesia se revela no teatro as cores se misturam para o belo germinar.
Estupendo!
Bjs de admiração.

Paulo Rogério disse...

Cris, legal a homenagem, a conjugação de cores, a cumplicidade. Grandes e belas poetas! Referências para nós.
Beijo!

Machado de Carlos disse...

Uma peça teatral, assim como um filme bem produzido, não passa da imaginação de um escritor que escreveu determinada peça.
Entretanto o ator representa apenas as idéias de alguém que solitariamente sonhou com aquele momento.
Então o artista passa a ser um fingidor, assim como Fernando Pessoa queria dizer do momento poético.
Nesse ponto não posso concordar com Fernando Pessoa, pois sou um repórter das minhas próprias emoções.
Fernando Pessoa criou heterônomos, que hoje criaram, como forma teatral na internet os “fakes", que nada mais são atores, para resolver seus problemas mais íntimos, só que em condição real.
De qualquer forma o poema é válido e representa tudo isso. Parabéns pela sua escrita e, parabéns também para homenageada —, o ápice do seu valioso poema em vários atos.

José Carlos Brandão disse...

O teatro da poesia,
a poesia no entreato,

e a vida mais bela
enquanto passamos por ela.

Quantas cores, quanta vida
na mágica da vida.

As duas poetisas
dão se as mãos

e o coração
na brisa.

Um beijo para as duas.

A.S. disse...

Cris...

Todos somos actores, actuando de improviso no imenso palco da vida!

Lindo o teu poema!!!


Beijos
AL

Anônimo disse...

...Eta trem danado de bão este !!!
A gente entra e não quer mais descer!
É poesia de primeira, é a classe VIP do trem da blogosfera!
lindo demais!
bjosssss