(Foto: Um outono para ouvir/Cris de Souza)
Ensaio entre o outono
já é outro dia
dizia o olhar
ao anoitecer
em contrasenso
já é outro dia
dizia o olhar
ao acontecer
em contratempo
por ser o olhar
frenético
cujo o monumento
patético
era o seduzir do nó
por ser o olhar
fonético
cujo o movimento
poético
era o sacudir do pó
Sombreado
solidão-
grão
que germina
como erva
-daninha
na multidão
da entrelinha
Berrante
olho de boi
no pasto:
passo ao lado
do mau-olhado
(Cris de Souza)
11 comentários:
entre o outono, sombreado e berrante, desfolho-me: como se pétalas fossem folheadas ao vento,
beijo
O último poema teve uma sacada sensacional!
Parabéns!
a multidão da entrelinha... gostei disto!!
Beijinho, moça poeta!
Que o pó seja sacudido, então, nos movimentos diários da sempre poesia.
Teus poemas me acordam os sentidos.
bj imenso
Sintonizo o outono!
(de cinzas aqui)
Beijo, Cris!
Folheio esses olhares retiro o pó e da solidão faço um berrante que
a poeta lindamente nos ofereceu!
beijos, Cris!
Meu olhar outonal acolheu versos e imagens, Cris! Tão eu! :-)
Beijos
O olhar estático, enquanto a paisagem move-se.
Adorei os poemas, principalmente o primeiro.
Beijo.
Gosto muito da sua lira, Cris, e não é de hoje.
O segundo poemeto, "Sombreado", é de antologia.
Parabéns, poetisa. Um grande abraço.
outonos a sacudir o pó enquanto a multidão germina de pé; tudo isto nas linhas das entrelinhas das nossas estações.
beijos, lira sempre encantada!
Saio daqui dançando...adoro o teu ritmo!
Bjo
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