segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

UM POEMA SEM CERIMÔNIAS

(Jan Saudek)


Entrega

Dou-te
As tintas
Para que
Me tinjas
Em tua pele   
Descolada

Arte
Bordada  
A erva
Doce
Na borda
        
Dou-te
As tintas
Para que
Me atinjas
Em tua pele  
Desbocada

Arte
Banhada
A erva
Dou-te
Na boca

(Cris de Souza)

8 comentários:

Hölle Carogne disse...

Ôh, salivei!

Joelma B. disse...

Que beleza!!! Arte que banha a pele de arrepios!!

beijo, Cristalina!

Hölle Carogne disse...

Ôh, salivei! Belíssimo poema, ruiva! Dá água na boca!

JAIRCLOPES disse...

Limerique

Pois era um amor que a pele tingia
No mais elevado grau de afrodisia
Era tanta tinta
Que ele a pinta
Algo que lembrava uma cosmogonia.

Ira Buscacio disse...

pqp! já nem salivo mais, tô mesmo é babando
bj, Crika
foda, tá

Unknown disse...

boca que te quero rouca
nesta sede
que nunca é pouca

beijo

António Eduardo Lico disse...

Bela poesia.

Unknown disse...

há palavras que arrepiam, sabias?

beijos!