sábado, 29 de junho de 2013

POR SI SÓ


(Tommy Ingberg)


Tenho lembranças
De um tempo
Que não possuo

Tenho lembranças
De um tempo
Que não situo

Ah, o que não explico
Mas atento
Só por ser-me

Ah, o que não classifico
Mas sustento
Só por caber-me


(Cris de Souza)




*Poema reeditado

10 comentários:

Domingos Barroso disse...

preenchimento é a plena consciência desse vazio... belíssimo poema,
beijo carinhoso Crisântemo...

José Carlos Sant Anna disse...

Este poema é um abrigo imenso, pois tanto cabe você quantos nós outros, os leitores, os que sentem o calor da tua chama.
beijo, caríssima!

António Eduardo Lico disse...

Bela poesia.
Bom fim de semana.

JAIRCLOPES disse...

Limerique

Pois é o tempo apenas esboroa
Práquele que vive vagando a toa
Para a poeta contudo
Esse tempo cabeludo
É um címbalo que argênteo soa.

Unknown disse...

o tempo que não possuo
me invade em vácuo
às vezes suo, às vezes águo


beijo

Joelma B. disse...

um viva aos nossos cabimentos!!

beijos, Cristalina!!

Unknown disse...

eis o instante apenas entre o verso e a sua morte - o que não possuo mas me cabe inteiro.

beijinho, cris-tal!

Ira Buscacio disse...

"só por caber-me" ... eis um belo destino

Crika, vc é mt fodona

bj com saudade de monte

p.s. Tuca não apareceu!!! acho que foi preso em alguma manifestação rs

JAIRCLOPES disse...

A vaidade é um bichinho escroto que se imiscui nas mentes de todos nós, até naqueles que se sentem acima desse mundanismo deplorável. Quero corroborar o que digo, leia o texto de hoje do mestre Chassot no blogue:http://mestrechassot.blogspot.com.br

Tania regina Contreiras disse...

Por si só. Teus versos me dizem de mim.

Beijos,