quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A cotovia



cantoria era enleio
pairava espanto, respirava bruma
prelúdio nas dores antigas

acrobacia era gorjeio
pintava acalanto, inspirava pluma
refúgio nas cores ambíguas

que melodia...
embora sol havia
por dentro neve cortava o sombrio

que ironia...
outrora leve cotovia
por dentro febre pesava o vazio


(Cris de Souza)

2 comentários:

Cesar Maia disse...

Comento que esta poesia voa e tem aterrisagem assegurada nos corações habilitados para amar.

Cesar Maia disse...

Este poema voa e tem aterrisagem assegurada nos corações habilitados para amar.