domingo, 24 de agosto de 2008

Socorro





carecia
por desertar do modo
da tilinta obstrução
que castigava dorso assaz
sufocava respiração

padecia
por desabar o todo
da tinta perturbação
que vomitava em sua paz
arruinava sua feição

pungia qualquer iguaria,
qualquer experimento
que devolvesse à vida
sarau de emoção

urgia qualquer anestesia,
qualquer unguento
que tragasse a ferida
da mortal solidão


(Cris de Souza)

Um comentário:

Cesar Maia disse...

Triste e lindo.Tristemente lindo.