fujo pra dentro de mim
pra ver se me encontro
nalgum teto seguro
fujo pra dentro do útero
pra ver se aborto
algum feto obscuro
fraturo haste na saída
pela sorte suposta
que cava na frente
expurgo a parte doída
pelo corte nas costas
que vaza do ventre
(Cris de Souza)
pra ver se me encontro
nalgum teto seguro
fujo pra dentro do útero
pra ver se aborto
algum feto obscuro
fraturo haste na saída
pela sorte suposta
que cava na frente
expurgo a parte doída
pelo corte nas costas
que vaza do ventre
(Cris de Souza)
7 comentários:
Forte, íntimo, belo...
Interiorizei...
Mais um poema em grande estilo, amiga Cris! Sou suspeita prá falar, pois gosto muito das tuas poesias!
Bjs.
Uau! Cris que riqueza, senti minha alma renascer!
beijoPoesia*
Tudo o que nasce do útero da Alma é Vida e é Poesia.
Estoy aquí para apoyarte.
Esta jóia literária lembra-me um "conselho" metafórico que meu pai,certa vez,me deu:Quando,por qualquer razão,não se sentir seguro,fuja para o útero protetor,seja novamente a criança impávida,serena e poderosa que já foi um dia e seja bem vindo,novamente,à vida.
Seu poema-pessoal,como tudo o que é de ti e belíssimo-me levou a lembrar...
poxa, vc me surpreendeu.. um novo lado nesse seu talento impar. Parabens!
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