(Salvador Dali, Angústia)
o manuscrito da epifania
morre,
lentamente,
na noite que o escreveu.
a tinta:
seca
nos degraus da árvore;
o dizer:
cego
no glossário do teu olhar.
o meteorito da epifania
mata,
loucamente,
na noite que o esqueceu.
o tempo:
servo
nas dobras da árvore;
o desler:
centro
na galáxia do teu olhar.
(Cris de Souza & Jorge Pimenta)
Jessica yeh, sad violin
31 comentários:
querida amiga-poeta,
nenhum comentário; apenas dizer-te que sinto a presença de um duplo espelho girando sobre um mesmo eixo: a poesia.
a maior epifania foi, num dia sem memória, o trem ter parado num qualquer porto de viagens sem destino e, complementarmente, o marinheiro ter trocado o tombadilho pelos carris. a du(r)as mãos!
um beijo, cris.tal fino e delicado!
Compor contigo é refresco em pleno refúgio, um gosto incondicional.
Sinto-me renovada nesse entrelace, tu és um parceiro e tanto...
Uma porção de beijos cris-tais!
Cris e Jorge, as línguas tocam o céu para núncio em passos nobre e arrebatador, do dois em um.
O alfa
e o ômega
dos termos
luz em diálogos.
Verbo sobre o broto
na tinta que se fecunda.
Abraços aves raras.
Priscila Cáliga
Olá querida poetisa,
bela composição poética, tão arrebatadora quanto a tela de Dali... Bj com carinho.
queridos, a parceria de vocês sempre me impressiona, tal a afinidade das palavras, dos versos que feito elos se entrelaçam.
Confesso que a poesia de vocês, individualmente, alimenta minha alma como um nectar sagrado - cada qual com sua particularidade.
E em dupla, misturam-se as mãos tecelãs de encantos...a mim, só cabe aplaudir!
beijos
repito aqui os elogios a parceria tua e do Jorge, sinfonica, avalanche de sons nas mãos,
beijo
Impressionante o grau de afinidade de vocês, fusão que embriaga qualquer mortal.
Só podia dar nisso: licor dos deuses!
Beijos entontecidos, na dupla divina.
O meteorito dessa epifania é amálgama de céu e terra, de concretude e ilusão, de virtualidade e realidade. O olhar fala por estrelas mudas, ou se cala no centro da galáxia eloquente e em fuga. E a poesia se eleva pelos degraus e dobras das imagens.
Aliás, "manuscrito da epifania" é uma imagem ótima para definir todo e qualquer poema, esse transe ao fim do qual alguma coisa se perde louca ou lentamente.
Parabéns aos dois!
Um beijo, Cris.
Como é bom viajar neste trem.
Profundo, lindo e tocante, como vc, né. ^^
Cris e Jorge... vocês são harmônicos, constroem sentimentos e sensações em poesia. E o que dizer? nada... apenas sentir, apreciar a sensação das palavras.
Perfeito! bjs
Parabéns menina!
Faça uma viagem e veja meu comentário completo no blog do Jorge.
Deus te abençoe e conserve esse dom.
Beijinhos
Cid@
Os dizeres de vcs cegam-me, viro toda sentir.
Beijos.
Este poema epifania me faz raciocinar sobre o filme interpretado por Denzel Washington, “O Livro de Eli”. Um livro que se mantinha vivo, apesar dos fins dos tempos. Para resguardar o conteúdo do livro divino, o mesmo foi escrito num linguajar Braille. Uma emoção marcando o reinício de um mundo novo.
Curvo-me diante deste poema, muito bem planejado em duplicidade, com o outro autor Jorge Pimenta.
Congratulações aos autores do poema!
" Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda.
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda.
Que se chama o coração."
(Fernando Pessoa)
Em tempo, o vídeo fechou com chave de ouro, o nobre dueto.
Emocionante!
Obs:Saudade de ti, dona da lira.
“Jessica yeh, sad violin” — Um violino, cuja música muito bem interpretada nos leva ao infinito estelar. É um sonho que não tem começo e nem fim. O violino nos leva ao Espaço Sideral, como se fôssemos Anjos. Ao acordar, notamos que nossa mente indo voa, mas os pés continuam a cambalear.
Belíssima escolha!
Aqui, tem poeta de verdade!
Que lindo!
bjossssssss
que bela parceria
parabéns!
A eternidade também se faz
(e se refaz) em pares de mãos.
E epifania regozija-se
por isso.
Carinhosos abraços.
"Glossário do teu olhar", "Galáxia do teu olhar"...Cris, meteoritos passaram por aqui! Bjos para os dois, lindos versos...
Cris...
Um belo poema! Intenso e com uma linda experssão poética!
Dali... uma combinação perfeita...
BjO´ss
AL
Olá,
Que bom pegar o Trem e continuar a Viagem da Epifania...
Muito prazer!!!
Beijos...
Querida poetisa,
Maravilhoso Dueto, Parabéns!!
.../
o tempo:
servo
nas dobras da árvore;
o desler:
centro
na galáxia do teu olhar.
Beijos e uma boa semana!
Reggina Moon
Um uso inteligente e expressivo das palavras,ótima combinação de sons e significados!
Cris,
Sempre me surpreendo!
Palavras mais que precisas, palavras sentimentos.
BeijooO*
epifania me parece a união destas forças que revelaram uma tão linda poesia.
Bravo! Grande quadro do imortal Dali, e com certeza uma inspiração de poetas que o fazem ainda melhor de se enxergar com a alma.
Linda Epifania Cris,arrepiei.
Parabéns amo seus textos e ótima o duo com Jorge Pimenta.
Um beijo,
Fé Fraga.
http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com
Linda poesia.
Um carinho na alma...
Peculiar
Beijos mágicos!
Fabricante de Sonhos
(Twitter: @millaborges)
Cris e Jorge,
Contei os anéis da árvore: a escrita é ancestral. Se a noite os ajudou a transcrevê-la, tanto melhor!
Abraços.
Cris, é admirável essa parceria e cumplicidade de versos. O tempo nas dobras da árvore... que maravilhoso!
Beijo!
Postar um comentário