domingo, 10 de outubro de 2010

Cantos de Corpo

(Duy Huynh)

creio
nos cantos
à capela           

que vertem
cálices

violando     
os disfarces        

na taverna
dos olhares         

creio
nos cantos
de lapela        

que viram
álibes

variando     
as catarses

na caverna
dos olhares     

(Cris de Souza)


24 comentários:

Unknown disse...

Creio nos teus cantos emblemáticos e me intriga de onde vem tanta inspiração...
Tu és divina!

Beijos, dona da lira.

Unknown disse...

A poesia
não se entrega
a quem a define.

(Quintana)

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Belo e perspicaz... cantos de lapela contam cada história... :)

Machado de Carlos disse...

Lá na capela existe a sacristia. Durante a hóstia o pároco se delicia com o melhor vinho do Porto.
Em cada cálice se toma o sangue sagrado. O álibi é perfeito para transformar água em vinho. O sedento chega com a goela seca e, se lambuza do mel. O mel que tanto sonhamos. Um prazer autorizado pelos donos do Coliseu.
Os olhares vêem e crêem num sonho que evangeliza.

Beijos eternos!...

Wania disse...

Cris


Cantos cheios de encantos!



Bj carinhoso pra ti

Valéria lima disse...

Creio nos cantos que encantam. Gosto dos cantos que econde.

BeijooO*

Domingos Barroso disse...

Esplêndido.
Misteriosos cantos.

Paira a crença absoluta
na inviolável textura
dos teus versos.

Carinhoso beijo.

Fé Fraga disse...

Encantador Cris!
Quantos cantos embebidos de alegorias que só vc sabe compor.
Ah, atualizei meu blog depois visite lá.
Um beijo,
Fé Fraga.
http://mefaltaumpedacoteu.blogspot.com

Anônimo disse...

Álibes dos mais misteriosos, deram-me fissuras aqui...

Lindíssimo poema!

Beijo.

AC disse...

Hoje não divago, apenas me encanto.

Beijo :)

Unknown disse...

creio, também, nos cantos que se encantam pelos cantos, reconditos e coro fazem em seus cantares



beijo

Úrsula Avner disse...

Oi minha linda,

lirismo á flor da pele e da escrita que sempre encanta... Bjs.

Betha Mendes disse...

Oi, Cris,

creio no derramar de teus belos versos. Imagens lindas de desenhos em palavras!

bj

Betha

Machado de Carlos disse...

Na caverna libertei-me da alma.
Ainda não renunciei aos prazeres do corpo.
Ainda tenho os desejos.
Inicio ainda em vida e, nem penso no completo prazer após a morte!

Atenciosamente,

Catarse.

Batom e poesias disse...

Cris, você tem mesmo o domínio catártico e ao mesmo tempo fluído das palavras. Eu adoro isso.

Andei meio ausente, mas venho correndo te ler sempre que posso.

bjcas
Rossana

Pólen Radioativo disse...

"violando
os disfarces

na taverna
dos olhares"

Minha Cris,

Parafraseando dona Clara, minha mãe: Esses "Cantos" ressoaram no corpo todo!
E meu olhar não disfarça o gosto de sempre pousar no Trem.
Beijos e cheiros...

Jorge Pimenta disse...

entre cantos de voz e cantos de boca, estende-se o corpo em areais sensitivos que, na hipnose dos dias, entram e saem de um mar sem além-ser. e de toda a composição emerge o derradeiro escafandro existencial: o verbo "crer". sim, eu creio!
um abraço, ninfa de en.cantos certeiros!

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Cris, lindo teus versos de rítmo, sons e cantos.

Daniela Delias disse...

Uau, Cris!!! Catarses das mais variadas por aqui!!!! Lindeza és tu!!!
Muitos beijos!

Cida disse...

Chego a ouvir som emergindo dos seus poemas...
Som do mais puro cristal.

Parabéns poeta sonora! =)

Jinhos da Cid@

dade amorim disse...

Bonita profissão de fé, Cris!

Um beijo.

vieira calado disse...

E diz muito bem naquilo que crê!

Beijinhos

Sândrio cândido. disse...

´mais uma vez o extase da poesia cheha ao meu olhar sob os teus poemas.

Eder disse...

Cantas, pontos, prantos
Tudo tão lindo, por aqui! Sou fã deste espaço e das inspiração que expira em minha face

Beijos