(Pesare, falling leaf girl)
procuro a casa e os epigramas
que dividem toda a esfera
alimento-me de morangos e neve
que crescem na ficção das coisas
até porque o diamante duro
nem sempre rasga a superfície do ser.
o caminho?
a certeza
que nem todos os dias sabem apagar
talvez por isso as estrelas cadentes
ainda batam à tua porta.
procuro a casa e os criptogramas
que distinguem todo o emblema
alimento-me de mascavo e pele
que cravam na fração das coisas
até porque o destino duro
nem sempre rende a artificie do ser.
o carimbo?
a clareira
quem nem todos os dias sabem afagar
talvez por isso as estrelas carentes
ainda beijem a tua porta.
(Cris de Souza & Jorge Pimenta)
(Bjorck, pagan poetry)
23 comentários:
[plano cartográfico para o coração que não se quer em forma de ilha]
um imenso abraço, Cris
Leonardo B.
é a demanda que ajuda a definir os corntornos do rosto e as linhas das mãos. lado a lado, em português com e sem sotaque, numa odisseia que se completa a uma só voz (mas nunca de uma só vez). gostei de mais este movimento, parceira de lira segura.
um beijinho!
Vcs são tão bonitos juntos que o sorriso brota assim, fácil!
Beijo em cada um, e parabéns por essas parcerias que nos enlevam!
Não existe outra perfeição
senão as mãos e almas de
Cris de Souza
e Jorge Pimenta.
Ei-las traduzidas ao meiofio: córregos de águas mansas
que levam um barquinho
de surpresas
e palavras.
Beijo carinhosamente a poetisa
e abraço fortemente o poeta.
Cris, minha flor...
Minha ficção maior é crer que tua poesia sempre flerta com meus olhos.
Que viagem linda com a companhia de estrelas cadentes e carentes a beijar-me o sorriso.
Beijo aos dois com gosto de "morango e neve".
QUE LINDO!
Sempre leio e releio teus posts para absorver melhor tanta coisa boa!
bjosssssssss
estes poemas a quatro mãos são ótimos,
parabéns
Belos versos
lindo...
"...talvez por isso as estrelas carentes ainda beijem a tua porta."
Adorei
Li, reli e me rendi aos versos tão bem construídos e convidativos ao que, somente a poesia pode proporcionar.
Parabéns aos dois por essa linda poesia e valorosa contribuição.
Abraços!
Esses encontros são tudo de bom!!! Coisa boa é pegar esse trem da lira pra viajar em luz e sombras por aí!Que bonitos vocês! Bjinho...
Já disse ao Jorge, e repito aqui:
Uma dupla imbatível, é o que vocês são. Amei!
Imagino que deva ser bem difícil fazer um poema a quatro mãos, mas vocês nos passam como se fosse uma coisa tão natural como o respirar.
E é por isso que fica tão lindo!
Os morangos, ao invés de chantily, são cobertos de neve. As estrelas cadentes, são também carentes... Puro encantamento!...:)
Jinhos da Cid@
Quatro mãos, digitais semânticas que não podem ser recolhidas de uma escrita que parece una... E bela.
Mais um exemplar bem sucedido de uma experiência-processo que sempre me deixa surpreso e admirado!
Beijo.
A estrela que beijou a porta deste poema entrou na clareira mais azul e alimentou-se, desafiando o paladar do verso num púrpura tão intenso e sensual que "raga a superfície do ser.
Não sei de onde cresceu este "diamante", por lapidar, que está para lá/cá desse sabor-poema... talvez o brilho de uma estrela carente avistada na fracção de um afago; talvez o brilho de uma estrela carente refugiada na candura de uma neve fria... que importa, desde que vislumbre a sua luz numa qualquer porta!
Morangos, adoro! A neve, o delírio dos meus sentidos! Por isso é deliciosa esta contrução poética!
Parabéns dupla poética!
Beijinhos
Waw! Parceria da boa! Amargor mordaz da sátira que procura é ficcional e pode rasgar mais que a acuidade do diamante... a realidade nem sempre encanta ou corta fundo o suficiente pra trazer à tona os necessários ais da catarse... mágico e preciso!
Sempre uma leitura prazerosa.
Se tu sobreviveu a isso tudo, é porque mereceu...
BeijooO*
Cris,
Caminhos que se fazem do encantamento do (re)encontro e desabotoar de possibilidades,
Clap, clap, clap.
Beijos, querida!
Ah, Cris como eu queria que as estrelas carentes e cadentes beijassem a minha porta.
Poema supimpa.
A-m-e-i!
Bjks, poetisa.
Cris, minha Flor! Que bom vê-la por lá de novo! :)
Esse magnífico encontro eu já havia comentado lá no blogue do Jorge... e nem havia percebido que se tratava de um dueto (que vergonha!)... rs
Mas é que vcs dois estão tão em sintonia, que não dá pra saber onde começa um e termina o outro... um luxo! Puro lirismo! Adoro vcs!
Beijos e sigo-te!
Essa parceria ainda vai render um livro...
Entremearam-se de tal essência que mal se sabe onde está cada um...
Cris, tem um "desafio" e um presentinho para você lá no meu cantinho.
Bj
Rossana
"procuro a casa e os epigramas
que dividem toda a esfera
alimento-me de morangos e neve
que crescem na ficção das coisas
até porque o diamante duro
nem sempre rasga a superfície do ser."
Uma viagem pelos meandros do maravilhoso, um texto para guardar na caixinha das coisas perfeita.
L.B.
Lindo!!!
AMO OS DOIS!!!!
Adoro lê-los...
...que belo casal!!!!!
Eu apadrinho!
afonso rocha
Vocês dois juntos são imbatíveis!
Clap, clap, clap.
Beijos nos viajantes.
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