sábado, 5 de fevereiro de 2011

No vai e vem das flores


   Na flor da idade como fingir     
Que as borboletas descuidadas
      Ficaram no jardim?        

Se todo tempo,
Se toda terra,
Se toda tara 
É descoberta na pele
Das meias verdades

      Na flor da idade como fingir        
Que as borboletas desalmadas
Fugiram do jardim?

Se todo vento,
Se toda veste,
Se toda vaga 
É desperta na pele
Das meias vontades


(Cris de Souza)


33 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Nesse vai e vem das flores a gente tem que aprender a aflorar, cuidar e crescer. Linda poesia!

Fred Caju disse...

E o que seriam dos jardins sem as borboletas? E a Luiza, sempre casando como uma luva por onde ela passa.

Vanessa Souza disse...

A gente só finge, que não dói.

Beijos, Cris.

http://vemcaluisa.blogspot.com/

Zélia Guardiano disse...

Muito, muito lindo, minha querida!
Poema e ilustração perfeitamente em harmonia...
Vocês duas formam uma dupla incrivel!
Parabéns!
Dois abraços bem apertados...

Domingos Barroso disse...

esse teu andar revelador
passos delicados
e arrebatamentos

(os olhos vívidos
a voz mágica)
...

As borboletas quando
piscam os olhos
nenasce outra
alma

...

Beijo carinhoso,
poetisa.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Cris na época que fiz esse desenho não gostei nem um pouco. Hoje nessa parceria, vi o desenho com outros olhos, mais otimista e menos crítica. Porque a tua poesia faz o desenho mais belo. Creio que foi isso que me fez mudar de idéia.

As meias verdades, as meias vontades, pela metade porque as vezes custa caro a inteiridade. Não sei, mas é uma reflexão e tanto o que conseguimos perceber das verdades (por vezes mentiras) e as mentiras que nem sempre alcançamos, por vezes tão verdades. O meio olhar...beijos!

Runa disse...

Se a poesia faz o desenho mais belo, como diz a Luiza, também o desenho dá vida às palavras que esvoaçam no poema.

Beijos às duas.

Bom fim de semana

Runa

A.S. disse...

Cris...

As borboletas e flores, terão para sempre uma cumplicidade que as torna inseparáveis na sua beleza, fantasia, perfume, sensualidade...


Beijos!
AL

Unknown disse...

Como fingir, boa questão. Se tiver um tempo passe pelo meu cantinho. Um abraço.

Anônimo disse...

Que poema maravilhoso!!! :)

Flor mais linda do meu jardim, vim lhe dizer que tem um presentinho pra ti lá no meu blogue, tá? É simples, mas de todo coração!

Beijocas...

Sândrio cândido. disse...

Belos versos. Cheio de ternuras.

José Carlos Brandão disse...

As borboletas passam,
as flores passam, com o jardim,
somente nós ficamos, Senhor!

Um beijo, Cris.

José Carlos Brandão disse...

E é uma graça o desenho da Luiza.

Anônimo disse...

Adoro ler minhas poetisas favoritas e, ainda mais, com desenhos da Luiza, que é uma querida.

Beijo, flor.

AC disse...

Que bela associação de palavras e imagem!

Beijo :)

Unknown disse...

jardim do éden,


beijo

Unknown disse...

É preciso cuidá-lo sempre, sem deixar para amanhã.
Beijos

Anônimo disse...

Perfeita combinação da imagem com o poema...
Lindo!
bjossss

Anônimo disse...

Ilustração e poesia em perfeita
harmonia ...

Lindo !


Bjo de Bom Domingo.

Úrsula Avner disse...

Querida amiga,

cada vez que te visito me encanto mais com sua habilidade de versejar e com o encanto e profundidade de suas composições poéticas... Belo poema ilustrado pelo belo desenho da Luiza a quem muito admiro também... Bj com carinho e gata por suas palavras de conforto, sua amizade, seu apoio.
Com afeto,

Úrsula

Anônimo disse...

Cris,

as borboletas deviam morar num jardim sem vento para o jardim continuar a ser jardim
um jardim só é jardim se tiver beleza
e as borboletas emprestam vida...
quero dizer beleza ao jardim
mas claro, cuidado com o vento, não se podem descuidar eheheh
mas o que dizes faz todo o sentido
e vou ficar a pensar...

bj

Ricardo António Alves disse...

o silêncio, basta o silêncio

Betha Mendes disse...

Um lindo poema,
uma reflexão sobre o quanto é tempo de aprender... e muito mais!!!

bj

Betha

Tania regina Contreiras disse...

Cris e Luiza, parceria perfeita entre versos e imagem.
beijos,

JB disse...

Adorei a imagem que acompanham o vai e vem das suas palavras! E a cada ida e volta são descobertas, novos sentires e aromas que nos vestem a pele... em jardins recompensados e mais coloridos...


Adorei o poema!

Beijinho

Bessa disse...

Meias verdades, meias vontades, porém você criou um poema completo, cara poetisa.

Parabéns, Cris, belo texto!

Beijos, um bom dia prá vc.
André

Tatuagem disse...

que fofas borboletas! Lindo poema!

Beijos!

Cida disse...

Muito lindos! Tanto o poema quanto a imagem. Perfeitos!!

Fiquei até inspirada a escrever um que começaria assim: na meia idade...:)

Te desejo um restante de semana colorido como as asas das borboletas.

Paz e Bem!

Beijoooooo

Cid@

Machado de Carlos disse...

Aos trinta, a borboleta insaciável procura valorizar o seu tempo. Eis a melhor era! Faz-se ausente a frase: - Será bom, não foi?! As coisas mudam sempre para melhor!

Jorge Pimenta disse...

na flor do fingimento
como ser toda a idade?
beijinho, querida amiga!

Lobo Poeta disse...

Elas foram pro México e só voltam no verão...

Batom e poesias disse...

Na flor da idade, nada de fingir.
Entregue-se.

bjs
rossana

Wellington Trotta disse...

Vinícius tem três versos ótimos:
"Fazer samba não é contar piada,
quem faz samba assim não é de nada,
um bom samba tem forma de oração"

Pois é minha amiga, meus esquecimentos não estão na fumaça dos meus dedos, mas nos seus versos que têm o poder da síntese. A palavra como expressão de uma ideia, de um conceito, de uma novidade mental. Sua síntese é a união angustiante da tese metamorfoseada pela antítese. Maravilha.