para todas
as palavras
que solfejam
na fuga
[se arranja
o verso
no vagão
a lira
tem lugar
reservado
no trem
desencontrado
para todas
as palavras
que sobejam
na fuga
[se arranca
o verso
do vagão
a lira
tem lugar
revelado
no trem
descarrilhado
(Cris de Souza)
30 comentários:
Linda imagem, poucas e belas palavras. Medida exata. Parabéns.
BeijooOs
e é uma viagem a cada palavra
deslumbramentos
...
beijo carinhoso,
crisântemo.
e eu desgovernado no trilho de tanto verso,
beijo
A palavra é passageira em fuga nos vagões que são os poemas ligados num trem que é a viagem existencial do poeta? Ora cantam ordenadas, ora se acotovelam no excesso do vagão superlotado? Ou seria o trem o poema e os versos os vagões? Então, o que seria o poema descarrilado (ou o trajeto acidentado do poeta)? Arrancar o verso do vagão é cortá-lo por excesso ou simplesmente não encontrá-lo a tempo?
Mas, parece que entre o desgoverno veloz do desencontro e o acidente de percurso , a lira prevalece ilesa, como se fora ela os próprios trilhos que ligam todas as estações da paixão ou da vida.
Beijo, Cris.
Oi amiga, a lira tem lugar definido e vasto aqui neste seu cantinho adorável... Pura poesia. Beijoca.
Cris
... e eu sigo trilhando a tua bela poesia!
Bjs e uma feliz Páscoa!
Tuas palavras sempre têm lugar no verso e no vagão. Sabe manobrá-las com maestria com rearranjos de curso de tal forma que sempre atingem seu objetivo: fazer poesia!
beijo.
Sempre qb !!!
è sempre um enorme prazer...passar por aqui !!!!
Beijo, amiga!!!!
afonso rocha
uma viagem no trem da lira
é um maravilhoso passeio
percurso. identidade
beijo Cris
a lira vai voar pelo jeito
:)
bjs
Genial, irreverente, criativa! Esta é vc, sempre!
Beijo.
a maior das viagens faz-se nos trilhos do desconcerto, onde todos os erros são meias verdades.
abraço, querida amiga!
... E a lira viaja com os olhos nos olhos!
E eu tenho viajado
na lira.
Um bj Cris!
Com carinho
Fátima
muito tri, maquinista!
bjo!!!
Lindíssimos versos, Cris!
Ouço até o ritmo acelerado do trem que deixei lá longe, perdido na minha remota juventude...
Bravo, querida!
Abraço.
"Ai seu foguista
Bota fogo na fornalha
Que eu presciso muita força
Muita força
Muita força..."
Bjs
Rossana
teu trem adeja a meio-milímetro do trilho.
Pudesse ter um trem assim! Os meus me metem insônia.
Abraços!
Olá, poetisa! Estou de volta aos blogs e este espaço me é obrigatório.
Cris,
bacana demais!
viajei, viajei
beijos, linda
A Lira (de Orfeu) contagia!
A ler de sobejo a lira.... ;) Belo!!!
Poema-título avassaldor! Tem que ir para a barra lateral e ficar lá sempre.
Vamoas brincar de colocar a cabeça no dormente enquanto seu trem não vem?
Esse trem seria o da morte? Ou o da vida?
Belo, belo.
O seu espaço é um vagão abarrotado de ótimos poemas.
Bjs e bjs na alma, moça bonita.
Crisálida, acrescento que a obra da Tarsila é simplesmente exuberante.
Fada,
Tuas palavras e nossas viagens são o ser e a arte da Lira. E este Trem é o que de melhor carregamos na mochila.
Beijos por todos os encantos da estrada.
O trem passou, eu fiquei na estação, mas um vagão levou um beijo.
Que bonito!
Beijo,
Doce de Lira
Cris,
Penso, e às vezes sinto, que todo poema é umtrem descarrilhado, descarrilado, desgovernado...
Abraço desilhado,
Pedro Ramúcio.
Que maravilha... É muito bom encontrar esse trem bão de poesia! :]
Extasiei com os versos finais!
Grato pela passagem em Le-Tranças.
Abraços!
(p.s. Ah, tem espaço num vagão aí p/ mim...? vou me encaixando...)
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