quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vozaria


(Imagem: arquivo impessoal)





No vai e vem do trem


o trem fechou 
a reforma   
ou a lira errou      
de plano? 

[e a viagem
não tem forma
nem arranjo

o trem ferrou 
a redoma                
ou a lira entrou
pelo cano?

[e a viagem 
não tem doma
nem arcanjo



Nem mais um pio


ocorre
o arrepio

tudo corre
no córrego
daquele rio:

nada-
deixa de ser
corrupio



Diálogo de nascença


como é carregar
o mar no olhar?

- o horizonte
é ondular!



(Cris de Souza)

30 comentários:

Domingos Barroso disse...

não te ausentes tanto tempo
ou andorinhas entristecem
sem seu rap
...

Crisântemo,
seus versos
são sorvidos
minuto a minuto
ciente do susto
e de revelações
...


Beijo carinhoso.

Celso Mendes disse...

Do trem se olha o horizonte ondular (o trem entrou no mar, qual passarinho a piar).

Viagem por trilhos, rios e mar no voo das palavras da moça da lira que pia.

Beijo, minha querida.

Joelma B. disse...

A lira do trem
é lira de nuvem:
chove poesia!

beijinho carinhoso, moça poeta, arquiteta da voz!

Gustavo disse...

Tanto tempo longe daqui e quando volto reencontro coisas tão boas assim! Cada dia melhor heim! Aplausos!

Unknown disse...

Lira de lírios entre delírios!

Muito bonito!

Muita paz!

Marcantonio disse...

E o Trem retorna à estação da poesia!

Ah, então vejo o horizonte ondulante, e esta minha miopia deve ser neblina ou adensada maresia...

Beijo.

Tania regina Contreiras disse...

Eu vou sempre nesse trem!
Beijokas

Unknown disse...

no vai e vem do trem eu me arrepio com esse diálogo de nascença, bem na jugular



beijo

Suzana Martins disse...

como é carregar, entre as ondas do mar esse mistério de olhar?

Como é esquecer aquilo que lê num pergaminho escrito por vc?

realmente não dá...

lindo...

beijos flor

Moisés de Carvalho disse...

Três liras dignas desse trem !

Nada ficou na superfície ...


Um beijo , querida !

Wilson Caritta disse...

[Cris-istmo
do ferro que via
a via de ferro

amares de via
ferrovia de mares
ilha verde rodopia

trilhos de rima
liga que de-lira!
muitas liras...

beijos.

dani carrara disse...

o nome.
lembrou alguma coisa que voaria. :)

um beijo monstro.

Helenice Priedols disse...

Sempre uma boa surpresa vir aqui.

Abraços.

PAZ e LUZ

dade amorim disse...

Muito bom vir aqui, Cris.

Beijo beijo.

Elisa T. Campos disse...

O trem pode descarrilhar, mas o rio é perene e desagua no mar, o horizonte ondular.

bjs

Quintal de Om disse...

e quando fez a curva
a visão turva
desenrrolou o verso
o universo da estrada
nem verão
nem pés no chão
o trem não soube ser
fez apenas sua nua nmaquinária
um caminho trilhando o coração.

Abraços, flores e estrelas...

Vanessa Souza disse...

A redoma protege e aprisiona.

Belo, como sempre moça :)

Bípede Falante disse...

O trem levou o azul pra tomar um banho de mar e de céu e de tanto mar e de tanto céu se apaixonou por uma nuvem rsrs
beijoss

Unknown disse...

LINDO, CRIS!

Quando não há mais pio, arrepio!

Deve ser um olhar feito de teeramento como o mar. Sera?

Beijos

Mirze

Fred Caju disse...

Sagaz esse Diálogo de nascença!

Tatuagem disse...

Ótimos versos!

Beijo grande!

Sandra Subtil disse...

Um trem marcado por ritmo e musicalidade.
beijo

Lucas Holanda disse...

Nem doma nem arcanjo...
ouxe...
mas o que escuto é um canto de anjo...
Será a lira no trem?
ou só um triste banjo?

dade amorim disse...

Cris! Gosto de seu estilo de fazer poemas. Além disso, quero te desejar tudo de bom pelo aniversário.
Beijo beijo.

Andrea de Godoy Neto disse...

adoro essa cadência da tua poesia, cris!

e o horizonte é ondular porque dentro somos mar...


beijos, poeta!

Ricardo António Alves disse...

[para me manter nos carris:]

O trem apenas parou no apeadeiro, para seguir viagem.

A.S. disse...

Perfeito!...

Beijos,
AL

Jorge Pimenta disse...

são voltas e mais voltas as que o trem dá sobre rios, montes e vales, todos os lugares que se abrem em viagens de tinta e de vida, como os rostos verdadeiros, afinal, enquanto esperam que no coração das ferragens pouse o luar.

beijo, amiga de lira infinita e de viagens - tantas - cumpridas e outras - tantas - por cumprir. por isso adoro tudo o que escreves.

termino um período terrível, profissionalmente. prometo, dentro em breve, regressar para mais um piscar de olhos poético contigo. vale? sinto falta da tua voz aveludada.

beijo-beijo!

Anônimo disse...

Saudações quem aqui posta e quem aqui visita.
É uma mensagem “ctrl V + ctrl C”, mas a causa é nobre.
Trata-se da divulgação de um serviço de prestação editorial independente e distribuição de e-books de poesia & afins. Para saber mais, visitem o sítio do projeto.

CASTANHA MECÂNICA - http://castanhamecanica.wordpress.com/

Que toda poesia seja livre!
Fred Caju

Thuan Carvalho disse...

Como é carregar
o mar
nas palavras?