terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tríade em torno de lágrimas

Salvador Dali


Voz em exercício de silêncio


Há uma lágrima
Em minha voz
Que se avoluma entre nós dois

Atrás de um peregrino lenço  
Se adianta o silêncio

Há uma lágrima
Em minha voz
Que se acumula entre nós dois

Atrás de um pequenino lenço
Se agiganta o silêncio


Factual

É dose
sentir 
na pele

que toda
lágrima
se move

a conta
 gotas


Pactuar

Ceda-me
um só riso

E eu pago
o pranto


(Cris de Souza)

16 comentários:

Wilson Caritta disse...

em espontânea conversa com Cris de Souza sobre "lenços e lágrimas"...

creio na dúvida
melhor do que crer no erro
pois à dúvida resta
uma esperança de acerto...

beijos verde!!!

Joelma B. disse...

o lenço enxuga lágrimas...
quem dera secasse prantos!!

tudo tão delicado, que mal respiro ao ler!

Beijo!

Unknown disse...

eu pego prato e pranto
consolo lágrimas
desenterro silêncios
conto os risos
e pago o risco


beijoooo

Domingos Barroso disse...

toda orquídea guarda água
na concha das mãos

para oferecer a pássaros e outras flores
que se esqueceram da chuva
...


profundamente emocionado,
belíssimos versos.

beijo carinhoso,
Crisântemo.

Tania regina Contreiras disse...

E certamente há vozes, muitas, nas lágrimas da poeta. Belo, belo, Cris! Lágrimas, vozes e silêncios se entrelaçam com perfeição.
Beijos,

Wilson Torres Nanini disse...

O leito da lágrima cicatriza, mas no lenço se vai a nódoa.

Abraços!

Helenice Priedols disse...

Belíssimos poemas, Cris. Sempre bom vir aqui.

Abraços

PAZ e LUZ

Kelli Olmo disse...

Nossa, assim me emociona....... Sei nem o que dizer mas mesmo assim eu sinto: Você é minha poesia preferida!!!!!!!!!Beijo, Cris-tal!!!!!!

Luiza Maciel Nogueira disse...

Cris cada lágrima será um dia talvez quem sabe um sorriso...um riso de esperança


beijos

Ira Buscacio disse...


gri
ma
é sorte de riso...
... a poeta sabe!
bj, maga das palavroadas

Fred Caju disse...

Comunicação boa é silenciosa.

Anônimo disse...

além da boa poesia, acho genial essa associação com obras de arte. belo trio.

Unknown disse...

lágrima para variação de silêncios: cometas desentranhando o que a pele sente sob radiações translúcidas, ou não fosse o riso o principal jardineiro do asfalto.

bom reler-te, cris-amiga!

LauraAlberto disse...

as lágrimas que guardamos, que nos destroem... que nos constroem

beijo

Marcantonio disse...

Que dizer? A poesia agradece esse exercício da expressão.

Beijo.

Bruna disse...

lindo poema. desses que dá um nó na garganta.
Adorei o blog.