conjugava
com seus demônios
sentia
o rugir do andar
por debaixo do fogo
o tempo da flagelação
era seu inverno peculiar
comungava
com seus demônios
surtia
o ruir do altar
por debaixo do rogo
o templo da frustração
era seu inferno particular
(Cris de Souza)
com seus demônios
sentia
o rugir do andar
por debaixo do fogo
o tempo da flagelação
era seu inverno peculiar
comungava
com seus demônios
surtia
o ruir do altar
por debaixo do rogo
o templo da frustração
era seu inferno particular
(Cris de Souza)
18 comentários:
Nossa Cris, me arrepiou...
Tão diabólica, quanto divina.
Me curvo perante à suas tramas.
Beijos de queixo caído, dona da lira!
Um poema
como um gole d'água
bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata
perdida para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia
que a sua misteriosa condição de poema.
Triste
Solitário
Único
Ferido de mortal beleza.
(Quintana)
O que me apraz
(mesmo diante
e sob esse inferno todo)
é que tua alma (leve, curiosa
e das alturas)sempre plantará
um céu íntimo (pessoal).
Carinhoso beijo.
Comprazer-se nos vícios é comum... Com.prazer-se na dor, mais raro...
Pra além do belo poema, marcou a reflexão de mostrar que inferno é sempre escolha; e que só o largamos quando a dor que nos inflige superar o prazer que inda nos dá...
Bjs mil, Cris! :)
Poema muito intenso, num mergulho interior de encontro aos demónios que nos habitam...
Fez-me lembrar a Idade Média, quando os frades se auto-flagelavam a fim de se libertarem dos pensamentos pecaminosos...
Beijo :)
inferno particular, quem não os tem? as palavras refrigeram
beijo
Muito fortes e envolventes os seus versos. Belo poema.
Particular inferno seu. Era frustração do templo.
O rogo do...
Debaixo por altar do ruir o surtia;
demônios seus com...
Comungava peculiar inverno.
Seu era flagelação do tempo.
O fogo do:
— debaixo por andar do rugir o sentia...
Demônios seus com...
Conjugava o conluio.
Fico a sentir depois de ler
"o rugir do andar
por debaixo do fogo"
Uau!
Beijo.
Adorei seu poema. Muito bom!!
Espero sua visita no meu.
Beijos!!
João Lenjob.
Sempre há necessidade de conjugar os meus verbos, em todos os tempos com os meus próprios demônios.
Gostaria muito de sentir o rugir do seu andar, mesmo quando esteja debaixo de fogos!
Sim, sim e sim: — O tempo é responsável pela flagelação, não só no inverno rude, mas também em todas as estações que é a soma do movimento da Terra em torno do Sol; uma translação infinita.
Comungar? — Apenas comigo mesmo, em estado de vigília, pois quando o sono chega, quem sabe estarei à frente das trevas.
Há surtos, sim, mas distante dos altares, sem nenhuma capacidade para rogar, pois o tempo é imperdoável; assim como “Sísifu” tenta levar sua pedra ao cume.
Fiquei aqui refletindo, sobre meus infernos particulares kkk
Perfeito teus versos, bjs
Fica registrado apenas o meu espanto diante da tessitura do texto, que é uma escrita marcante.
BeijooO*
quem entre nós não guarda seu próprio inferno?
de uma sensibilidade "infernal".
muito bom.
desculpa o sumiço, mas a vida anda me cobrando uma certa praticidade. mas o quanto antes eu volto, com mais experiência, mais a dizer, mais a escrever, mais a deixar transbordar.
bjo, Cris.
até a próxima.
Diabólicamente divino seu poema...!
bjossssss
Aqui, em silêncio, pensando. Tentando ouvir o fogo por debaixo desse altar das palavras...
Beijo.
Tramado friamente com o fogo das mãos que modelam o próprio destino...
Muito massa a combinação com Dalí!!!
Beijinhos, linda!
'o ruir do altar por debaixo do rogo'..
muito bom mesmo, kree.
abraços.
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