(salvador dali)
entre as penas
escondia
suas rugas
costuradas
à disfunção
das tintas
na temporada
sob as asas
em néons
de fuga
entre as penas
escondia
seus lascos
costumados
à depressão
das tintas
na trovoada
sob as asas
em nuvens
de asco
(Cris de Souza)
21 comentários:
[sólida a tinta que se constrói no peito do pássaro, apesar do rarefeito ar, rareado]
um imenso abraço, Cris
Leonardo B.
A estrela cadente, de tão efémera, nunca se apercebe do que a levou à decrepitude…
beijo :)
Ah, se fosse revelado todo o segredo subcutâneo.
Excelente, poetisa!
Beijo.
Cris, querida, amo a forma como vc tece a teia do seu poema... ela sempre me prende e nela posso morrer, que morrerei feliz! :))
Adorei!
Beijos
Embora as imagens sejam densas, sua poética é leve. Gosto muito.
Abraços
PAZ e LUZ
Oi linda, como sempre poema de alta qualidade e grande sensibilidade poética. Bjs.
Penas, tintas, néons e fugas - são muitos os disfarces.
Um poema para pensar - gosto dele, de verdade.
Beijo.
maravilha de versos, esse teu trem delira,
beijo
Cris, e são tantos que escondem o rosto por trás das tintas ou das plasticas.
Tintas e luzes... Essa sobreposição de tons e cores, dá ao poema uma vida incrível.
Realmente, digno de tela.
Quantas maravilhas se escondem entre essas penas, não? Lindo, Cris! Bjinhos!
Versos simplesmente maravilhosos , querida Cris.
Tão profundos!
Ah, a habilidade do tempo em desfazer o que já foi...
Abraço e beijos, amiga
Impressionantemente gostoso de ler e imaginar. Adorei, Cris.
Beijos!
De alguma forma, estamos todos maquiados e escondendo alguma coisa.
Você é danada de boa!
bjcas
Rossana
Penas oculares: testemunhas do breu ou do céu...
Tuas tintas são absolutas, reinam em qualquer paisagem.
Beijo, dona da lira.
poema polissémico, com imagens a desenhar as estradas onde assentam os olhos dos leitores e suas leituras. este delta interpretativo começa, logo, nas "penas" iniciais: disfarce, ou castigo?...
beijinho enorme!
este delírio interpretativo não se esgota nas palavras; também o traço de dali nos projecta para lá do óbvio.
um abraço, poeta amiga!
Penas que dissimulam quedas em vôos rasantes para o fundo de qualquer coisa.
Muito intenso, Cris linda!
Beijos e cheiros de montão!!!
Intenso, profundo, sublime!!!
Muito belo, te sigo e voltarei com tempo pra conhecer bem o espaço, beijinhos.
Tá tudo muito belo por aqui Cris, adorei as mudanças!
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