Crise lírica:
O verso encurta,
A rima estica
Envolver
Verso em volver
Vou ver rima
Em você
Elocução
Nós estamos conjugados:
Tu vens com os dados,
Eu vou com os dardos.
Nós estamos conjugados:
Tu vens com os dados,
Eu vou com os dardos.
No verbo requebrado
O brado em regência
Redobra as reticências...
A cada som que gravo
Agravo um silêncio
Entre lábios
Agravo um silêncio
Entre lábios
Uma coisa
Leva a outra
Que não leva
A coisa alguma
Leva a outra
Que não leva
A coisa alguma
(Cris de Souza)
10 comentários:
* Poeminhas publicados imprevistamente no Facebook. Antes que se perdessem na tal linha do tempo, resgatei-os para o Trem da Lira.
surtos poéticos pra lá de luzentes: setas fincadas na pele!
beijo, Cristalina!!
Adorei essa crise lírica! :-) E que bom que resgatou os poemas para território seguro...
Beujos, Cris.
Limerique
Na verdade na rima não há ciência
Tampouco certo exagero na regência
É versar o versos
Claros ou dispersos
E tudo se resume às reticências.
Lindo... Adorei o blog..
http://aquela-velha-opiniao.blogspot.com.br
Crises líricas, não é pra qualquer um,
já dizia minha vó
há de se estar palavra, verso ou rima
e um cadinho só.
bj, bj Crika
p.s. posso até ir a Vila Velha, pra gente tirar um onda, o que seria o máximo, mas cantar... nem morta, nem com uma garrafa inteira de rum. Minha voz foi-se com o cigarro e a memória com a caduquice.
eu levo tantas coisas
estas ricas rimas tuas
como se fossem minhas
beijos
não é apenas o ritmo que me encanta
é essa sua alma curiosa
de versos e rima
...
beijo carinhoso, Crisântemo.
porque também de resgates vive a (boa) poesia e quem a deixe levar-se por ela!
lira que toca e jamais passa, esta.
beijo, cris-a-tal!
Entre ficar na linha do tempo, melhor ficar na linha o trem.
Abração, querida.
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