sábado, 8 de junho de 2013

HAVERES

(Tommy Ingberg)

Há um vazio enorme
No que preciso
E não ostento
Há um fio disforme
No que improviso
E não sustento
É sempre tão complexo
Desterrar o vão
Que só a gente entende
É sempre tão conexo
Desregrar o são
Que só a gente aprende

(Cris de Souza)
*Poema reeditado

7 comentários:

JAIRCLOPES disse...

Limerique

Porquanto é sempre sem qualquer nexo
Desvendar o mistério entre os sexos
Entender, precisa não
Porque é esforço vão
Compreender algo assim complexo.

Fred Caju disse...

Esse aí é do jeitinho que eu gosto de ler.

Joelma B. disse...

o que aprendemos nos apreende!

beijo, Cristalina!

Tania regina Contreiras disse...


Versos maravilhosos esses:

É sempre tão conexo
Desregrar o são
Que só a gente aprende

Diz tanto e tudo!

Beijos, Cris!

Unknown disse...

enquanto se aprende a ver
há de haver



beijos

Unknown disse...

há silêncios que têm íris e pupila, há silêncios que leem, há silêncios que acontecem e sentem. depois, há silêncios. e a voz a estourar no círculo perfeito da boca!

um beijo de fã, amiga de cris-tal!

José Carlos Sant Anna disse...

Desci a essa profundeza e voltei à superfície muito mais enriquecido. Só uma linguagem tão poética quanto esta pode nos dar tantos haveres.
Abraços, Moça!