“ Ainda careço
do cheiro matinal do café com leite
dos passos da minha mãe pela casa
cuidando de mim ainda hoje. “
(Ana Sandra)
Álbum de família: Mamãe(minha maior estrela) |
Careço
De ninar
No colo
Careço
De sorrir
No berço
Careço
De rezar
O glossário
Careço
De chorar
O terço
(Cris de Souza)
10 comentários:
Limerique
Porque assim como toda gente
A poeta não parece diferente
Quando olha ao redor
Não se sente a melhor
E piamente confessa ser carente.
A gente carece de tanto que passou...
Lira de emocionar, assim como a epígrafe!
Beijos as duas poetas!
careço
e por
carecer
dói-me
o cansaço
beijo
Careço de boas liras, como essa escrita aqui!
Carência é a matéria desse poema? É pode ser. É o verbo carecer que torna forte o sentimento do amor filial, às claras. Mas é preciso relativizar a força do verbo para buscar um sentido mais amplo para carecer no poema, pois sabidamente se há uma confissão da falta, há também a confissão da presença pela ausência... manifesta na escolhas semânticas...
Beijos, Caríssima!
revisitações que tornam toda a viagem um eterno retorno - felizmente, pois, mesmo com asas de voo incerto, há uma parte de nós que só faz sentido no reencontro com a terra e as suas raízes.
beijinho, cris-tal!
Ah, que poema oportuno, tão afinado com o carecer que nos toma inteiros, quantas vezes.
Beijos, Bela!
Lero é lero, lira é lira!
Uau! Que mamãe! Que epígrafe (não conheço a autora)! E, claro, que poema!
Crikérrima, isso é lindo e dói. Sabemos que só as mães são felizes.
bj, minha poeta fodástica
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